segunda-feira, 23 de maio de 2016

ANTÓNIO ROSADO: RECITAL DE PIANO NO CCB

Sentimo-nos uma pequena poeira cósmica numa enorme Galáxia. Continuamos com a noção ou a “clarividência objectiva” de que o conhecimento é sofrimento. Regresso ao espaço físico, qual "saloio" impotente às marcas de um “destino agrilhoado”. Sonhar… apenas sonhar, enquanto o mundo pula e avança. Condicionantes da distância e das “notas” sem pauta, levam-nos a ouvir e a sentir sem ver.
Condicionantes do SER? Talvez!  
O maior sucesso para António Rosado e para o seu Recital de Piano, que terá lugar no próximo dia 5 de Junho de 2016, no Centro Cultural de Belém. Mais que não seja, estaremos lá espiritualmente!


«António Rosado iniciou os seus estudos musicais aos três anos de idade com o pai. No Conservatório Nacional de Lisboa, na classe de Gilberta Paiva, formou-se com a classificação máxima. Aos dezasseis anos foi para Paris como bolseiro do Governo Francês, da Fundação Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura. Aí encontra Aldo Ciccolini de quem vem a ser discípulo no Conservatório Nacional Superior de Música e nos cursos de aperfeiçoamento em Siena e na Academia de Biella em Itália. Anos mais tarde, Ciccolini dirá que «António Rosado possui o que nem o ensino, nem os estudos podem dar: o sentido do teclado».
Laureado pela Academia Internacional Maurice Ravel e pelo Concurso Internacional Vianna da Motta, em 1986 é-lhe atribuído o prémio G. Pella da Academia Internacional Perosi. No ano seguinte venceu (ex-aequo) o Concurso Internacional Alfredo Casella em Nápoles. Estes prémios constituem o reconhecimento internacional do seu virtuosismo e o impulso para uma brilhante carreira, com a realização de recitais e concertos por toda a Europa, Canadá, Brasil e México e a participação em diversos festivais, como o Rossini Opera Festival de Pesaro, Festival Cervantino do México, Europália, Festivais de Sintra, Costa Basca, Leiria e Costa do Estoril. Em 1990 inaugurou o Festival Pianístico de Nápoles, dedicado a Mozart, tocando para a RAI o Concerto K. 415, com a Orquestra Scarlatti. Convidado pelas rádios e televisões de numerosos países, foi com a TF1 que gravou três programas, sendo o primeiro dedicado à música ibérica, seguindo-se outro constituído por obras de Liszt e, por fim, um recital preenchido com obras de Beethoven, Prokofiev, Wagner-Liszt.
Fundador do Trio Artis, apresentou-se diversas vezes em duos com Maurice Gendron, Margarita Zimermann e Aldo Ciccolini e tocou com notáveis maestros, entre os quais: Pierre Dervaux, Silva Pereira, Franco Caracciolo, Michel Plasson, Léon Fleischer, Arthur Fagen, Claudio Scimone, Ivo Cruz, Álvaro Cassuto, Georg Alexander Albrecht, Moshe Atzmon e Ronald Zollman.
Da sua discografia fazem parte as duas Sonatas para Piano de Georges Enescu, gravadas em França; um disco integralmente preenchido com obras de Vianna da Motta, em 1995; com a chancela da Emi-Classics gravou Liszt, para assinalar os 150 anos da passagem do compositor por Lisboa. A Fantasia de Schumann e a Sonata de Liszt constituem o reportório do 4º disco de António Rosado editado pela BMG Classics. Em Hamburgo, gravou para a BMG o Concerto N.º 2 e a Rapsódia sobre um tema de Paganini de Rachmaninoff, com a NDR Sinfonieorchestra, sob a direcção de David Stahl.» (Texto biográfico por: Gulbenkian - serviço de Música)

domingo, 15 de maio de 2016

HISTORIA DE GIL BRAZ DE SANTILHANA

Face à beleza desta oleogravura não resistimos à tentação de publicar um pouco da história do clássico «A História de Gil Braz de Santilhana» do romancista e dramaturgo francês Alain-René Lesage (Sarzeau, Bretanha, 6 de maio de 1668 — Boulogne-sur-Mer, 17 de novembro de 1747) com tradução portuguesa de Julio Cesar Machado, numa edição monumental, em 2 volumes, de David Corazzi – Editor (Lisboa, 1885 e 1886), ilustrada com perto de 400 gravuras intercaladas no texto e 30 oleografias em separado.


Gil Braz de Santilhana é uma novela francesa no estilo dito picaresco, que ganhou uma grande tradição na literatura ocidental com heróis como D. Quixote, Hudibras, Tom Sawyer e outros. No enredo – sempre actual – um jovem no início da sua vida vai estudar para a Universidade de Salamanca, mas é coagido a ajudar um grupo de salteadores que lhe aparecem. Ao longo da sua vida vai sendo testemunha de muitas situações, mas graças à sua inteligência e muita esperteza vai terminar a sua vida como amigo do rei e gozando a sua fortuna num confortável castelo.


(A Biblioteca Pública Municipal de Viana do Castelo possui esta obra (2 volumes), na edição de David Corazzi – Editor).

quinta-feira, 5 de maio de 2016

História do Livro e da Filologia de Artur Anselmo

«Ao dar a lume trabalhos dos últimos cinco anos, vejo que todos eles estão na linha de quantos publiquei em obras anteriores, isto é, todos elegem a História do Livro como campo operatório…»

Artur Anselmo

Já a algumas semanas a esta parte que temos em nosso poder a gentil oferta do livro «HISTÓRIA DO LIVRO E DA FILOLOGIA» do nosso particular amigo Professor Doutor Artur Anselmo (que teve a imerecida gentileza de apresentar o nosso livro «Baliza Trágica de Um Naufrágio» em Viana do Castelo), filólogo romancista de formação, historiador do livro por velha afeição indeclinável, doutorado pela Sorbonne (Paris – IV) e pela Universidade Nova de Lisboa, docente jubilado desde 2011, tendo leccionado, ao longo de cerca de quarenta anos, cursos de Língua, Literatura e Cultura Portuguesas, Semiologia, Cultura Clássica Greco-Latina e História do Livro, no Brasil e em Portugal. Presidente da Academia das Ciências de Lisboa em 2014, é também, pelo terceiro ano consecutivo, o presidente da Classe de Letras desta instituição fundada em 1779. Este magnífico livro tem a particularidade acrescida de conter o texto inédito da Acta do Júri do Prémio atribuído à «MENSAGEM» de Fernando Pessoa em 1934.

         

O livro será apresentado na Sala Couto Viana da Biblioteca Pública Municipal de Viana do Castelo, pelas onze horas do dia 7 de Maio de 2016. Estaremos na obrigação de aparecer!