sábado, 22 de setembro de 2018

OS DEZ ESPELHOS de BENJAMIN ZARCO, novo romance de Richard Zimler.


Leitura obrigatória de Richard Zimler, através do seu último romance Os dez espelhos de Benjamin Zarco (Porto: Porto Editora, 1.ª edição: setembro de 2018; tradução de Daniela Carvalhal Garcia do título original The Incandescent Threads. DEP. LEGAL 444946/18; ISBN 978-972-03129-7).


Sinopse:
«Benjamin Zarco e o seu primo Shelly foram os únicos membros da família a escapar ao Holocausto. Cada à sua maneira, ambos carregam o fardo de ter sobrevivido a todos os outros.
Benjamin recusa-se a falar do passado, procurando as respostas na cabala, que estuda com avidez, em busca daquilo a que chama os fios invisíveis que tudo ligam. E Shelly refugia-se numa hipersexualidade, seu único subterfúgio para calar os fantasmas que o atormentam.
Construído como um mosaico e dividido em seis peças, Os dez espelhos de Benjamin Zarco entretecem-se entre 1944, com a história de Ewa Armbruster, professora de piano cristã que arrisca a vida para esconder Benni em sua casa, e 2018, com o testemunho do filho de Benjamin acerca do manuscrito de Berequias Zarco, herança do pai, talvez a chave para compreender a razão por que Benjamin e Shelly se salvaram e o vínculo único que os une.
Um romance profundamente comovente e redentor, com personagens inesquecíveis. Uma ode à solidariedade, ao heroísmo e ao tipo de amor capaz de ultrapassar todas as barreiras, temporais e geográficas.»

Notas sobre o autor e a sua obra:
·         Richard Zimler, com cinzel e escopro, vai burilando com audácia criativa a dimensão intangível de um universo onírico. (Edite Estrela sobre O Evangelho segundo Lázaro)
·         Richard Zimler é um escritor emblemático e de indispensável leitura. (Helena Vasconcelos)
·         Richard Zimler tem um fulgor de génio que todos os romancistas ambicionam mas poucos alcançam. (The Independent)
·         O dom que Zimler possui de pôr a descoberto o horror das injustiças humanas e ainda assim encontrar verdades universais e poesia na existência do dia a dia […] faz dos seus livros uma leitura indispensável. (The Jerusalem Post)
·         Zimler usa a literatura para lembrar as terríveis abominações que levam o ser humano a destruir e a humilhar outros seres humanos […] e para apontar um caminho de redenção, de expiação e de ação jubilatória. (Público)

Reflexões do quotidiano... (II)

Pormenor de coluna no Convento de Cristo em Tomar
Impulsionados pelo pensamento de Platão, temos imprimido a todos os nossos actos a serenidade de espírito, por forma a caminharmos tranquilos pelo curso da vida, sem deixarmos que a erva cresça no caminho da amizade. E parece que isso tem incomodado muita boa gente. Apesar das divergências políticas, deveremos estar cientes de que, ainda à boa maneira platónica, a amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro.
Infelizmente, e para mal-grado dos nossos pecados, na política, temos utilizado muito o olhar do microscópio, o que já nos levou a cair no erro de transformarmos pigmeus em gigantes.
Contudo, jamais seremos “pastilhas elásticas” para quaisquer “botas elásticas”, porque sempre nos regemos pelo princípio e sentido da existência, a substância onde residem as propriedades do SER; pela ética, razão e racionalidade, terminando no sentido ideológico, apenas como uma exigência moral e uso regulador das ideias na interação com os outros. Apenas isso…
Quem não estiver para aí virado, permitam-se só ao exercício da não-especulação, cujo objectivo é apenas não delimitar as possibilidades da razão e mostrar que nenhum conhecimento (quando especulado) é admissível se não estiver dentro dos limites da experiência. Objecto nunca foi e nunca será o mesmo que Abjecto. Só assim encontraremos a “fórmula” de nos libertarmos das impurezas!


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Reflexões do quotidiano... (I)


De que vale nascer se ninguém o recebe…
De que vale um segredo se ninguém o guarda…
De que vale cantar se ninguém o ouve…
De que vale um livro se ninguém o lê…
De que vale uma árvore se ninguém a rega…
De que vale um carinho se ninguém o sente…
De que vale limpar se toda a gente suja…
De que vale um voto se quem o recebe acaba por nos trair…
Sempre nos vai parecendo mal (muito mal mesmo), ver alguém conduzir um carro topo de gama com o braço e a cabeça de fora!