Sentimo-nos
uma pequena poeira cósmica numa enorme Galáxia. Continuamos com a noção ou a “clarividência
objectiva” de que o conhecimento é sofrimento. Regresso ao espaço físico, qual
"saloio" impotente às marcas de um “destino agrilhoado”. Sonhar… apenas sonhar,
enquanto o mundo pula e avança. Condicionantes da distância e das “notas” sem
pauta, levam-nos a ouvir e a sentir sem ver.
Condicionantes
do SER? Talvez!
O maior
sucesso para António Rosado e para o seu Recital de Piano, que terá lugar no
próximo dia 5 de Junho de 2016, no Centro Cultural de Belém. Mais que não seja,
estaremos lá espiritualmente!
«António Rosado
iniciou os seus estudos musicais aos três anos de idade com o pai. No
Conservatório Nacional de Lisboa, na classe de Gilberta Paiva, formou-se com a
classificação máxima. Aos dezasseis anos foi para Paris como bolseiro do
Governo Francês, da Fundação Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura.
Aí encontra Aldo Ciccolini de quem vem a ser discípulo no Conservatório
Nacional Superior de Música e nos cursos de aperfeiçoamento em Siena e na
Academia de Biella em Itália. Anos mais tarde, Ciccolini dirá que «António
Rosado possui o que nem o ensino, nem os estudos podem dar: o sentido do
teclado».
Laureado pela
Academia Internacional Maurice Ravel e pelo Concurso Internacional Vianna da
Motta, em 1986 é-lhe atribuído o prémio G. Pella da Academia Internacional
Perosi. No ano seguinte venceu (ex-aequo) o Concurso Internacional Alfredo
Casella em Nápoles. Estes prémios constituem o reconhecimento internacional do
seu virtuosismo e o impulso para uma brilhante carreira, com a realização de
recitais e concertos por toda a Europa, Canadá, Brasil e México e a
participação em diversos festivais, como o Rossini Opera Festival de Pesaro,
Festival Cervantino do México, Europália, Festivais de Sintra, Costa Basca,
Leiria e Costa do Estoril. Em 1990 inaugurou o Festival Pianístico de Nápoles,
dedicado a Mozart, tocando para a RAI o Concerto K. 415, com a Orquestra
Scarlatti. Convidado pelas rádios e televisões de numerosos países, foi com a
TF1 que gravou três programas, sendo o primeiro dedicado à música ibérica,
seguindo-se outro constituído por obras de Liszt e, por fim, um recital
preenchido com obras de Beethoven, Prokofiev, Wagner-Liszt.
Fundador do
Trio Artis, apresentou-se diversas vezes em duos com Maurice Gendron, Margarita
Zimermann e Aldo Ciccolini e tocou com notáveis maestros, entre os quais:
Pierre Dervaux, Silva Pereira, Franco Caracciolo, Michel Plasson, Léon
Fleischer, Arthur Fagen, Claudio Scimone, Ivo Cruz, Álvaro Cassuto, Georg
Alexander Albrecht, Moshe Atzmon e Ronald Zollman.
Da sua discografia
fazem parte as duas Sonatas para Piano de Georges Enescu, gravadas em França;
um disco integralmente preenchido com obras de Vianna da Motta, em 1995; com a
chancela da Emi-Classics gravou Liszt, para assinalar os 150 anos da passagem
do compositor por Lisboa. A Fantasia de Schumann e a Sonata de Liszt constituem
o reportório do 4º disco de António Rosado editado pela BMG Classics. Em
Hamburgo, gravou para a BMG o Concerto N.º 2 e a Rapsódia sobre um tema de
Paganini de Rachmaninoff, com a NDR Sinfonieorchestra, sob a direcção de
David Stahl.» (Texto
biográfico por: Gulbenkian - serviço de
Música)
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