A Luz e o Sentido da Existência. A luz, enquanto manifestação do inteligível, não se reduz a um mero fenómeno físico, mas sim a um princípio que orienta o pensamento e a existência. Desde os primórdios, foi a luz que rasgou as trevas do desconhecido, permitindo à razão erguer-se contra a incerteza.
Camilo Castelo Branco
dizia que o Amor é uma luz que não deixa escurecer a vida. E não há contradição
entre amor e razão: ambos iluminam, cada um à sua maneira. A verdade, por sua
vez, é um candeeiro de quatro lâmpadas. Se uma se extingue, ainda restam três
para impedir a escuridão completa. Assim é o conhecimento: quando uma certeza
nos falta, há sempre outros focos que permitem vislumbrar novos caminhos.
Nos textos judaicos, há
um ensinamento essencial: a luz é mais apreciada depois da escuridão. Somente
aqueles que já sentiram o peso da sombra compreendem o valor do brilho que
dissipa a dúvida. O candeeiro de quatro globos encerra uma metáfora: mesmo
quando um véu opaco tenta ocultar o sentido, há sempre claridade suficiente
para quem deseja ver.
Sem comentários:
Enviar um comentário